sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Sistema Respiratório

A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas, e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico. 
Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior e inferior. O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia. O trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte inferior da traquéia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas das pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior. O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome conjunto de vias aeríferas. As vias aeríferas podem ser divididas em: nariz, faringe, laringe, traquéia, brônquios e pulmões.
Nariz e Fossas Nasais 
São duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamadas cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traquéia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.


Faringe
É um canal comum aos sistemas respiratório e digestório e comunica-se com a boca e as fossas nasais. O ar inspirado tanto pelo nariz ou pela boca, passa necessariamente pela faringe,antes de atingir a laringe.
Laringe
É um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingüeta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias. O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar.




Traquéia
É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas.
 
Pulmões
Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória. Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares.
Pleuras
A camada externa é aderida à parede da cavidade torácica e ao diafragma, e é denominada Pleura Parietal (reflete-se na região do hilo pulmonar para formar a pleura visceral). A camada interna, a Pleura Visceral reveste os próprios pulmões (adere-se intimamente à superfície do pulmão e penetra nas fissuras entre os lobos). Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a cavidade pleural, que contém pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito entre as túnicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a respiração. 
Hilo Pulmonar
A região do hilo localiza-se na face mediastinal de cada pulmão sendo formado pelas estruturas que chegam e saem dele, onde temos: os brônquios principais, artérias pulmonares, veias pulmonares, artérias e veias bronquiais e vasos linfáticos. Os brônquios ocupam posição caudal e posterior, enquanto que as veias pulmonares são inferiores e anteriores. A artéria pulmonar ocupa uma posição superior e mediana em relação a essas duas estruturas. A raiz do pulmão direito encontra-se dorsalmente disposta à veia cava superior. A raiz do pulmão esquerdo relaciona-se anteriormente com o nervo frênico. Posteriormente relaciona-se com o nervo vago.
 Referências:
- Dangelo e Fatini, Anatomia Humana Básica, 2ed. - Ed. Atheneu.

Espero que tenham gostado!! Bons estudos!! Bjss

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sistema Circulatório Linfático

Olá pessoal!! Dando continuidade ao nosso sistema circulatório, hoje iremos falar sobre o sistema linfático...Bons estudos!!

Sistema Linfático

É um sistema constituído por uma vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos linfáticos), que se distribuem por todo o corpo e recolhem o líquido tissular que não retornou aos capilares sangüíneos, filtrando-o e reconduzindo-os à circulação sangüínea. É constituído pela linfa, vasos e órgãos linfáticos.
O nome linfa tem origem latina e significa água nascente (pura), em virtude de sua aparência límpida e incolor. A linfa apresenta uma composição química semelhante à do plasma sangüíneo, porém não se coagula. Ela contém algumas hemácias (glóbulos vermelhos), mas grande quantidade de leucócitos (glóbulos brancos), predominando quase exclusivamente os linfócitos.
Os capilares linfáticos estão presentes em quase todos os tecidos do corpo. Capilares mais finos vão se unindo em vasos linfáticos maiores, que terminam em dois grandes ductos principais: ducto torácico (recebe a linfa procedente da parte inferior do corpo, do lado esquerdo da cabeça, do braço esquerdo e de partes do tórax) e o ducto linfático (recebe a linfa procedente do lado direito da cabeça, do braço direito e de parte do tórax), que desembocam em veias próximas ao coração.
Órgãos Linfáticos

É constituído pelas amígdalas (tonsilas), adenóides, baço, linfonodos ( nódulos linfáticos) e timo (tecido conjuntivo reticular linfóide: rico em linfócitos).

Amígdalas (tonsilas palatinas): produzem linfócitos.

Timo: órgão linfático mais desenvolvido no  período prenatal, involui desde o nascimento até a puberdade.

Linfonodos ou nódulos linfáticos: órgãos linfáticos mais numerosos do organismo, cuja função é a de filtrar a linfa e eliminar corpos estranhos que ela possa conter, como vírus e bactérias. 

Baço: órgão linfático, excluído da circulação linfática, interposto na circulação sangüínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecido, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático.

Referências:
- Dangelo e Fatini, Anatomia Humana Básica, 2ed. - Ed. Atheneu.

Espero que tenha contribuido para o aprendizado de vocês!! Bjss

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sistema Circulatório: O coração

Olá pessoal!! Hoje iremos falar do coração, um órgão importantíssimo para a manutenção da nossa vida. Segue abaixo um vídeo super legal mostrando o funcionamento do coração.



O coração

É um órgão muscular oco que se contrai ritmicamente, impulsionando o sangue através de toda a rede vascular. Está situado no centro do tórax, ligeiramente à esquerda, num espaço determinado mediastino, que fica entre os dois pulmões (limites laterais), por cima do diafragma (limite inferior), por diante da porção torácica da coluna vertebral (limite posterior) e por trás do osso esterno (limite anterior). É formado por 3 túnicas que são de fora para dentro, o pericárdio, miocárdio e endocárdio, assim o coração está alojado dentro de um saco fibroso, que é representado pelo pericárdio parietal.
            As faces do coração são esternocostal (anterior), diafragmática (inferior) e pulmonar (esquerda). Interiormente o coração é dividido em quatro cavidades, sendo duas superiores e duas inferiores. As cavidades superiores são chamadas de átrios e as inferiores, ventrículos. O lado direito do coração é separado do esquerdo por uma parede muscular denominada septo interventricular que impede a mistura do sangue dos dois lados do coração.
           O movimento do sangue no coração ocorre dos átrios para os ventrículos, e deste ele é bombeado para as artérias. Para que não ocorra o fluxo retrógrado do sangue, o coração possui quatro válvulas unidirecionais. As válvulas atrioventriculares direita e esquerda conectam os átrios aos ventrículos direito e esquerdo. Essas válvulas também são conhecidas como válvula tricúspide (válvula atrioventricular direita) e válvula mitral ( válvula atrioventricular esquerda). O fluxo retrógrado das artérias para o interior dos ventrículos é impedido pela válvula semilunar pulmonar (ventrículo direito) e pela válvula semilunar aórtica ( ventrículo esquerdo).


Circulação Pulmonar e Sistêmica

1. Sistêmica ou Grande circulação:
Ventrículo esquerdo ----> Aorta e seus ramos ----> Corpo ----> Veias cavas e seus tributários ----> Átrio direito

2. Pulmonar ou Pequena circulação:
Ventrículo direito ----> Artérias pulmonares ----> Pulmões ----> Veias pulmonares ----> Átrio esquerdo

 Referencias:
 - Dangelo e Fatini, Anatomia Humana Básica, 2ed. - Ed. Atheneu.

Espero que tenham gostado!! Bons estudos!! Bjss

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sistema Circulatório Sangüíneo

Olá pessoal!! Hoje nós iremos falar do sistema circulatório sangüíneo, composto por artérias, veias e capilares.


SISTEMA  SANGÜÍNEO:
    O sistema circulatório sangüíneo é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, capilares e veias) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba aspirante-premente. 
    A Fisiologia, como ciência experimental, teve início em 1628, quando Willian Harvey demonstrou que o sistema cardiovascular forma um círculo, de maneira que o líquido circulatório é bombeado continuamente desde o coração até um sistema de vasos e retorna ao coração por outro sistema de vasos.

Artérias
    As artérias são os vasos que saem do coração e transportam o sangue para todas as partes do corpo. Distribuem-se por praticamente todo o corpo, iniciando por grandes troncos que vão se ramificando progressivamente. As artérias podem ser superficiais ou profundas.  
    As artérias superficiais em geral são oriundas de artérias  musculares e se destinam a pele, sendo por isso mesmo de calibre reduzido e distribuição irregular. A quase totalidade das artérias são profundas, e isto é funcional pois nesta situação as artérias encontram-se protegidas. As artérias têm "filia" pelos ossos e "fobia" pela pele. As vezes, a contiguidade entre artéria e osso é tão acentuada que ela faz sulcos nos ossos. No nível das junturas, as artérias principais ficam na face de flexão, onde são mais protegidas contra as trações.
   As artérias profundas são acompanhadas por uma ou duas veias, tendo estas mesmo trajeto, calibre semelhante e em geral o mesmo nome da artéria que acompanha, sendo chamadas veias satélites. Quando decorrem juntos artéria, veias e nervos, o conjunto recebe o nome de feixe vásculo – nervoso.
   
Capilares
    As artérias se ramificam e se tornam, progressivamente, menos calibrosas e com as paredes mais finas, até chegarem aos capilares, que são de dimensões microscópicas e cujas paredes são uma simples camada de células (endotélio). Sua distribuição é quase universal no corpo, sendo rara sua ausência, como ocorre na epiderme, na cartilagem hialina, na córnea e no cristalino. É ao nível dos capilares, graças a aberturas existentes entre células endoteliais vizinhas (poros capilares), que ocorrem as trocas entre o sangue e os tecidos. Estas aberturas variam de dimensões de tecido para tecido.

Veias
    As veias são os vasos que transportam o sangue centripetamente ao coração. As veias fazem seqüência aos capilares e transportam o sangue que já sofreu trocas com os tecidos, da periferia para o centro do sistema circulatório que é o coração. Sua formação lembra a formação dos rios: afluentes vão confluindo no leito principal e o caudal deste torna-se progressivamente mais volumoso. As veias recebem numerosas tributárias e seu calibre aumenta à medida que se aproximam do coração, exatamente o oposto do que ocorre com as artérias, nas quais o calibre vai diminuindo à medida que emitem ramos e se afastam do coração. De acordo com sua localização em relação às camadas do corpo, as veias são classificadas em superficiais e profundas. Estas podem ser solitárias. ou seja, não acompanham artérias ou , o que é mais comum, satélites, quando acompanham as artérias. Neste caso são, geralmente, em número de duas para cada artéria.  
    As veias superficiais possuem trajeto independente do das artérias e se comunicam com as profundas por inúmeras anastomoses. Na superfície interna de muitas veias existem pregas membranosas, de forma semilunar, geralmente aos pares, denominadas válvulas, as quais , por direcionarem o fluxo sangüíneo, contrabalançam a ação da gravidade, desfavorável à circulação nas veias de trajeto ascendente. Assim, nas veias dos membros as válvulas são comuns, enquanto na cabeça e pescoço são ausentes ou vestigiais.

O SANGUE E SEUS ELEMENTOS CELULARES:
O sangue é o líquido circulatório. É composto de um plasma quase incolor onde estão mergulhados elementos celulares: os glóbulos brancos (leucócitos), os glóbulos vermelhos (eritrócitos ou hemácias) e fragmentos celulares (plaquetas ou trombócitos).

As hemácias são nucleadas e ovais em todos os vertebrados, com exceção dos mamíferos, nos quais são anucleadas, circulares e bicôncavas. O citoplasma da hemácia é preenchido por hemoglobina, um pigmento que tem afinidade com o oxigênio molecular. Como não possui organelas, o metabolismo do eritrócito é limitado; existem as enzimas da glicólise. Cada hemácia pode viver 120 dias e fazer 170.000 ciclos de viagem dentro do aparelho circulatório. As hemácias envelhecidas são identificadas pelo seu glicocálix e retiradas de circulação e destruídas pelo baço, de onde grande parte da hemoglobina é passada ao fígado; o pigmento é excretado na bile, e o ferro volta para a medula óssea. Por não terem núcleo, os eritrócitos têm um período de vida limitado.

Os leucócitos têm suas atividades nos vários tecidos do corpo. Os que se encontram no plasma sangüíneo estão, em grande parte, em trânsito de sua fonte (medula óssea, baço, estruturas linfóides) para os tecidos do organismo. Em geral, o período de vida de um leucócito é de 12 a 13 dias. Eles podem realizar movimentos amebóides, atravessar o endotélio dos capilares e alcançar os espaços intercelulares dos tecidos. Muitos leucócitos agem como fagócitos, englobando (fagocitando) bactérias que ocorrem em ferimentos; outros produzem anticorpos para defesa imunológica. 

As plaquetas ou trombócitos constituem fundamental elemento do líquido circulatório. São aproximadamente discoidais, anucleadas e muito menores que as hemácias. No homem, há mais de um trilhão de plaquetas, e cada uma vive de 8 a 10 dias. Quando ocorre uma lesão num vaso sangüíneo, as plaquetas agrupam-se e desintegram-se, liberando a tromboplastina, que inicia o processo de coagulação do sangue.

FUNÇÕES DO SANGUE:
O sangue transporta:
a) oxigênio molecular dos pulmões para os tecidos e dióxido de carbono no sentido inverso.
b) água e alimentos obtidos do processo digestivo.
c) alimentos armazenados de um órgão ou tecido para outro, por exemplo, a glicose guardada sob forma de glicogênio.
d) resíduos metabólicos, excesso de água ou íons minerais para os órgãos excretores.
e) hormônios das glândulas onde são produzidos para os tecidos com as células-alvo de sua ação.
f) anticorpos para a defesa do organismo e imunização.


Referências:
- Dangelo e Fatini, Anatomia Humana Básica, 2ed. - Ed. Atheneu.

Espero que tenham gostado. Amanhã falaremos do coração! Até já!! Bjuss

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Introdução ao estudo da Miologia

I – INTRODUÇÃO
1. Generalidades: O corpo humano contém mais de quatrocentos músculos esqueléticos, os quais apresentam 40 – 50% da massa corporal.
2. Miologia: Grego: mios = músculos + logus = estudo. É a parte da anatomia que estuda os músculos.
3. Músculos: São órgãos ou parte de órgãos constituídos por células (fibras musculares) com capacidade de contração e relaxamento.
4. Funções:
    4.1 – Geração de força para locomoção e respiração.
    4.2 – Sustentação postural.
    4.3 – Geração de calor nos períodos de exposição ao frio. 

II – CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS
1. Quanto ao controle do sistema nervoso:
    1.1 – Voluntários: o impulso (potencial de ação) de contração resulta de um ato de vontade própria.
    1.2 – Involuntários: o impulso nervoso não resulta de um ato de vontade (sem controle consciente).
2. Quanto ao aspecto histológico:
    2.1 – Liso: movimentam a parede das vísceras .
    2.2 – Estriado cardíaco: compõem a camada média da parede do coração (miocárdio).
    2.3 – Estriado esquelético: movimentam os ossos, articulações e pele.
III – MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO
1. Elementos constitutivos:
    1.1 – Ventre: porção central, avermelhada e contrátil do músculo.
    1.2 – Tendão: partes ou extremidades dos músculos por onde os músculos se fixam.
             1.2.1 – Tendão propriamente dito: em forma de fita, cilíndrico.
             1.2.2 – Aponeurose: tendão em forma de fita.
    1.3 – Fáscias: lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo, separando os grupos musculares em lojas ou compartimentos conforme as suas funções. Para que os músculos possam exercer eficientemente um trabalho de tração ao se contrair e para que estes deslizem entre si, é necessário que eles estejam dentro de uma bainha elástica de contenção.
             1.3.1 – Retináculos: são espessamentos da fáscia, localizados nos membros, que servem para a contenção dos tendões.
2. Anexos Musculares: 
São estruturas que contém líquido sinovial e permitem aos tendões o deslizamento sem atrito durante o movimento das articulações.
    2.1 – Bainhas sinoviais: abraçam os tendões, deixando um mesotendão.
    2.2 – Bolsas sinoviais: interpõem-se entre o tendão e o osso.
3. Origem e inserção de um músculo:
    3.1 – Origem: é a extremidade do músculo que está preso no segmento que permanecerá fixo durante o movimento.
    3.2 – Inserção: é a extremidade do músculo que está preso no segmento que se deslocará durante o movimento. 
Nos membros, geralmente a origem de um músculo é proximal e a inserção é distal. Porém um músculo pode alterar seus pontos de origem e inserção em determinados movimentos.
4. Classificação dos músculos estriados esqueléticos:
    4.1 - Quanto à forma e arranjo das fibras:
             4.1.1 – Fibras paralelas:
a. Longos: o comprimento predomina sobre as outras dimensões.
- Fusiformes: as fibras convergem em direção aos tendões de origem e inserção, sendo a parte média mais larga do que as extremidades. Ex: bíceps braquial.
b. Largos: são os músculos que apresentam a largura e o comprimento equivalentes. Ex: Glúteo máximo.
- Leque: as fibras convergem para um tendão em uma das extremidades. Ex: Peitoral maior.
              4.1.2 – Fibras oblíquas:
a. Unipenados: fibras paralelas inserem-se obliquamente em um dos lados dos tendões. Ex: extensor longo dos dedos do pé.
b. Bipenados: o tendão está no centro, e de cada lado se insere um feixe de fibras paralelas entre si. Ex: reto femoral.
c. Multipenados: apresentam várias disposições penadas. Ex: Deltóide.
               4.1.3 – Fibras circulares: as fibras estão dispostas em círculos paralelos, formando verdadeiros anéis. Ex: orbicular do olho.
     4.2 – Quanto à origem ou ao número de cabeças:
              4.2.1 – Bíceps: têm duas cabeças.
              4.2.2 – Tríceps: têm três cabeças.
              4.2.3 – Quadríceps: tem quatro cabeças.
    4.3 – Quanto à inserção ou ao número de caudas:
             4.3.1 – Monocaudados: contêm uma cauda.
             4.3.2 – Bicaudados: contêm duas caudas.
             4.3.3 – Policaudados: contêm mais de duas caudas.
    4.4 – Quanto ao número de ventres:
             4.4.1 – Digástrico: possui dois ventres.
             4.4.2 – Poligástrico: possui mais de dois ventres.
    4.5 – Quanto à ação:
             4.5.1 – Extensores.             4.5.2 – Flexores.             4.5.3 – Adutores.             4.5.4 – Abdutores.             4.5.5 – Rotadores.             4.5.6 – Supinadores.             4.5.7 – Pronadores.
    4.6 – Quanto à função em determinado movimento:
             4.6.1 – Agonistas: realizam o movimento principal.
             4.6.2 – Antagonistas: trabalham em sentido contrário.
             4.6.3 – Fixadores ou posturais: mantém a postura.
             4.6.4 – Sinergistas: estabilizam as articulações para o agonista agir.
    4.7 – Quanto à origem embriológica:
             4.7.1 – Miotômicos: derivam dos miotomos dos somitos.
             4.7.2 – Branquiméricos: derivam dos arcos branquiais.

Referências:
- Dangelo e Fatini, Anatomia Humana Básica, 2ed. - Ed. Atheneu.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Introdução ao estudo da Osteologia

Olá pessoal!! Hoje iremos estudar os ossos do corpo humano...Boa leitura!!

I – INTRODUÇÃO:
1. Generalidades: O estudo da osteologia é importante pela ação dos ossos e esqueleto na proteção das partes moles do corpo, conformação e sustentação do corpo, como sistema de alavanca, na produção de células sangüíneas e por ser depósito de íons Ca e P.
2. Osteologia:
    2.1 – Etimólogo: Grego: osteon = osso + logus = estudo
                          Latim: Os = osso
    2.2 – Anatômico: é a parte da anatomia que estuda os ossos e suas relações entre si.
3. Ossos: São órgãos rígidos, esbranquiçados, constituídos por teci do conjuntivo mineralizado que reunidos entre si participam na formação do esqueleto. Possuem nervos e vasos sangüíneos.
4. Esqueleto: É um conjunto de ossos e tecido cartilaginoso unidos entre si para dar conformação ao corpo, proteção e sustentação de partes moles.
5. Número de ossos do corpo humano:
    5.1 – Fatores etários.
    5.2 – Critério de contagem.

II – CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS:
1. Segundo a disposição topográfica:
    1.1 – Ossos axiais: são os ossos que formam o eixo principal do corpo (cabeça, pescoço e tronco).
    1.2 – Ossos apendiculares: são os que formam os apêndices do corpo (ossos dos membros superiores e inferiores).

2. Segundo a forma dos ossos:
    2.1 – Ossos longos: são ossos cujo comprimento predomina sobre a largura e espessura. Apresentam canal medular.
              2.1.1 – Disposição topográfica: geralmente nos membros.
              2.1.2 – Partes:
                          a. Diáfise: corpo do osso.
                          b. Epífise proximal e distal: extremidades do    osso.
                          c. Metáfises proximal e distal: região entre a epífise e a diáfise.
                          d. Canal medular: cavidade na diáfise do osso para alojar a medula óssea.
     2.2 – Ossos alongados: são ossos cujo comprimento predomina sobre a largura e a espessura. Não apresentam canal medular.
               2.2.1 – Disposição topográfica: costelas e clavícula.
     2.3 – Ossos curtos: são ossos cujo comprimento, largura e espessura se equivalem.
               2.3.1 – Disposição topográfica: ossos do carpo e do tarso.
      2.4 – Ossos planos: são ossos cujo comprimento e a largura predominam sobre a espessura.
                2.4.1 – Disposição topográfica: calota craniana e ossos das raízes dos membros.
       2.5 – Ossos irregulares: são ossos que apresentam forma irregular.
                 2.5.1 – Disposição topográfica: ossos da coluna vertebral.
       2.6 – Ossos pneumáticos: são ossos que apresentam uma cavidade contendo ar.
                 2.6.1 – Disposição topográfica: osso frontal, maxila, osso etmóide e osso esfenóide.
        2.7 – Ossos sesamóides: são ossos curtos que se desenvolvem no interior de tendões ou cartilagens e auxiliam no deslizamento desses tendões.
                  2.7.1 – Disposição topográfica: patela, articulação metacarpo- falangiana e metatarsofalangiana.
III – ARQUITETURA ÓSSEA:
1. Substância compacta: são áreas dos ossos constituídas por uma série de lamelas concêntricas que apresentam canas no seu interior. São responsáveis pela resistência dos ossos.
    1.1 – Disposição topográfica: nos ossos longos, alongados, planos, curtos e irregulares.
2. Substância esponjosa: são áreas dos ossos constituídas por traves ósseas dispostas em forma de rede. São responsáveis por certa elasticidade dos ossos.
     2.1 – Tipos:
              2.1.1 – Tubular.
              2.1.2 – Reticular.
     2.2 – Teoria trajetorial: “a substância esponjosa de um dos ossos articulados tem as suas traves ósseas alteradas conforme a mudança da pressão exercida pelo outro osso”.
3. Periósteo: é o tecido conjuntivo que envolve o osso externamente, com exceção das superfícies articulares.
    3.1 – Camadas:
             3.1.1 – Fibrosa (saco periósteo): é a camada mais externa, que forma um saco fibroso que envolve o osso.
             3.1.2 – Osteogênica: é a camada mais interna, que tem função osteogênica, permitindo o crescimento ósseo em espessura. Sua responsabilidade é formar o calo ósseo na recomposição das fraturas.
4. Endósteo: é a camada de tecido conjuntivo que reveste o canal medular dos ossos.
5. Medula óssea: é o tecido conjuntivo situado dentro dos ossos capaz de produzir células sangüíneas.
    5.1 – Tipos:
             5.1.1 – Medula óssea rubra ou vermelha: é a medula óssea produtiva.
             5.1.2 – Medula óssea flava ou amarela: tecido conjuntivo gorduroso que substitui a medula vermelha.

IV – CARACTERÍSTICAS ÓSSEAS:
1. Dureza: substâncias minerais.
2. Elasticidade: substâncias orgânicas.
3. Erosão: retirada de sais minerais pelo próprio organismo.
4. Coloração: branco amarelado.

V – ELEMENTOS DESCRITIVOS:
1. Saliências:
    1.1 – Articulares (encaixe para articular): cabeça, capítulo, tróclea e côndilos.
    1.2 – Não articulares (fixação de músculos e ligamentos): tubérculo, tuberosidade, trocânter, espinha e linha.
2. Depressões:
    2.1 – Articulares (encaixe): cavidades e fóveas.
    2.2 – Não articulares (apoio de estruturas): fossa, impressão e sulco.
3. Aberturas:
    3.1 – Forame: orifício de passagem.
    3.2 – Meato: orifício que não é contínuo.

VI – FUNÇÕES:
1. Mecânicas: alavanca biológica, conformação do corpo e sustentação de partes moles.
2. Biológicas: produção de células sangüíneas e depósito de íons Ca e P.

VII – CLASSIFICAÇÕES:
1. Esqueleto axial: ossos da cabeça e da coluna vertebral, esterno e costelas.
2. Esqueleto apendicular superior: escápula, clavícula, úmero, rádio, ulna, carpos, metacarpos, falanges e sesamóides.
3. Esqueleto apendicular inferior: osso coxal (ílio, ísquio e púbis), fêmur, tíbia, fíbula, ossos do tarso e metatarsos, falanges e sesamóides.

Referências:
- Dangelo e Fatini, Anatomia Humana Básica, 2ed. - Ed.Atheneu.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Introdução ao estudo da Artrologia

I- Conceitos:
  1. Artrologia: Grego: Arthron = juntura + logus = estudo.
    É a parte da Anatomia que estuda as articulações ou junturas.
  2. Junturas: É o meio de união entre os ossos na constituição do esqueleto.
II- Classificação das Junturas:
  1. Junturas Fibrosas: São as junturas por continuidade onde os ossos se unem por um tecido conjuntivo fibroso.
  2. Junturas Cartilagíneas: São as junturas por continuidade onde os ossos se unem por um tecido cartilagíneo.
  3. Junturas Sinoviais: São as junturas por contigüidade onde os ossos estão justapostos, separados por uma fenda articular e envolvidos por uma cápsula fibrosa.
 III- Junturas Fibrosas: 
  • Suturas: São junturas fibrosas onde os ossos estão próximos. São encontradas nos ossos do crânio.
  1. Plana: As margens dos ossos são planas (ossos frontais).
  2. Denteada ou Serrátil: As margens dos ossos são em forma de dente de serra (a maioria
    das junturas dos ossos da cabeça).
  3. Escamosa: As margens dos ossos são em forma de escama (osso parietal e osso
    temporal).

  • Sindesmoses: São junturas fibrosas que unem ossos à distância.
    Ex: Entre os corpos do radio e ulna / tíbia e fíbula.
          Entre os arcos e entre os processos das vértebras.
  •  Gonfoses: É o meio de fixação dos dentes nos alvéolos dentários da maxila e mandíbula.
IV- Junturas Cartilagíneas: 
  • Sincondroses: A união entre os ossos se faz por uma cartilagem hialina.
  1. Intra-ósseas:  Ocorre dentro de um mesmo osso (metáfise dos ossos longos).
  2. Interósseas: Ocorre entre ossos diferentes (osso occipital e osso esfenóide).
  • Sínfises: A união entre os ossos se faz por uma cartilagem fibrosa (fibrocartilagem) .
                 Ex: entre os corpos das vértebras / entre os ossos púbis. 
V- Junturas Sinoviais: 
1. Elementos de uma juntura sinovial:

1.1 – Constantes:
1.1.1 – Superfícies ósseas articulares.
1.1.2 – Cartilagens articulares.
1.1.3 – Cápsula articular:
a. Membrana fibrosa.
b. Membrana sinovial.
1.1.4 – Líquido sinovial.
1.1.5 – Cavidade articular (espaço).

1.2– Inconstantes:
1.2.1 – Discos: Estruturas fibrocartilaginosas em forma de dis co que permitem que duas
superfícies ósseas discordantes possam articular entre si (articulação temporal-mandibular).
1.2.2 – Meniscos: Estruturas fibrocartilaginosas em forma de meia-lua (disco incompleto). Agem como amortecedores de peso e permitem a estabilização da articulação do joelho.

1.2.3 – Orlas: Estruturas em forma de anel que ampliam uma das superfícies articulares (articulação da escápula com o úmero / osso coxal com o fêmur).
1.2.4 – Ligamentos: Estruturas em forma de fita modelada rica em fibras , que ajudam na fixação dos ossos articulados. Agem limitando determinados movimentos da s articulações.

a. Quanto à origem:
– Musculares.
– Capsulares.
b. Quanto à função:
– Coesão ou adesão.
– Frenadores ou limitadores.
c. Quanto à topografia:
– Capsulares.
– Intra-capsulares.
– Extra-capsulares.

2. Movimentos das junturas sinoviais:
2.1 – Flexão: diminui o ângulo da articulação, aproximando os ossos articulados.
2.2 – Extensão: aumenta o ângulo da articulação, afastando os ossos articulados.
2.3 – Adução: aproximação dos membros do plano mediano .
2.4 – Abdução: afastamento dos membros do plano mediano .
2.5 – Rotação: os ossos articulados giram em torno do s seus próprios eixos:
2.5.1 – Supinação: rotação lateral.
2.5.2 – Pronação: rotação medial.
2.6 – Circundução: realização de todos os movimentos ao mesmo tempo, descrevendo um
segmento de cone.

3. Classificação das junturas sinoviais:
3.1 – Quanto ao número de ossos articulados:
3.1.1 – Simples: entre dois ossos.
3.1.2 – Compostas: entre mais de dois ossos.

3.2 – Quanto aos eixos de movimento:
3.2.1 – Monoaxiais: em um eixo.
3.2.2 – Biaxiais: em dois eixos.
3.2.3 – Triaxiais: em três eixos.
3.2.4 – Não axiais: deslizamento.

3.3 – Quanto ao funcionamento:
3.3.1 – Dependentes: Dependem da integridade de outra articulação para se movimentar.
a. unilaterais.
b. bilaterais.
3.3.2 – Independentes: Independem da integridade de outra articulação para se movimentar.


Referências:
- Dangelo e Fatini, Anatomia Humana Básica.2ed. - Ed.Atheneu.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mensagem

Aquele que trabalha com as mãos é um artesão;
Aquele que trabalha com a mente é um sábio;
Aquele que trabalha com inspiração é um artista;
Aquele que trabalha com técnica é um profissional;
Aquele que trabalha com intuição é um místico;
Aquele que trabalha com o coração é um espiritualista;
Aquele que trabalha com as mãos, mente, inspiração, 
   técnica, intuição e com o coração é um fisioterapeuta!!